Academia Teixeirense de Letras empossa novos imortais e outorga o Prêmio Castro Alves de Literatura

08 de abril de 2022
O Príncipe Dom Alexandre Carvalho ladeado pelos acadêmicos Armando Azevedo, Carlos Mensitieri, Athylla Borborema, Gisele Ellen, Mauricio de Novais e Almir Zarfeg.

A ATL – Academia Teixeirense de Letras, cujo patrono é o poeta baiano Castro Alves, realizou na noite desta sexta-feira (08/04/2022), no Auditório Francistônio Alves Pinto da Câmara Municipal de Teixeira de Freitas, seu primeiro evento solene de 2022, onde o ponto alto foi a posse de dois novos imortais e a entrega do Prêmio Castro Alves de Literatura 2022. O evento foi aberto ao som da regência do maestro Eudes Oliveira Brito, membro benemérito e autor da melodia do hino da ATL.

A sessão solene ainda teve uma convidada especialíssima que abrilhantou a arte musical da noite, que foi a jovem musicista teixeirense Kézia Santos, violinista da maior grandeza, de talento raro, de técnica apurada e discretíssima personalidade, que acompanhou o maestro Eudes Brito no prelúdio e cerimonial formal do Hino Nacional e do Hino da ATL, numa noite mais do que especial.

Mesa composta pelo secretário Municipal de Governo de Pedro Canário (ES) Darley Simões Figueiredo; o odontólogo Fabiano Pires; a professora doutora da UNEB Karina Lima Sales; o Príncipe Dom Alexandre Carvalho; o presidente Athylla Borborema; o vice-presidente Carlos Mensitieri, o secretário-geral Erivan Santana e o radialista Clébio Rodrigues na condição de cerimonialista.

O escritor e jornalista Athylla Borborema, presidente da Academia Teixeirense de Letras, ao abrir a sessão solene anunciou a presença de outra grande personalidade do mundo cultural, mais do que especial, do Príncipe Dom Alexandre da Silva Camêlo Rurikovich Carvalho, descendente em linha Primogênita de Dom Gonçalo Martins Cunha Camêlo, descendência direta do Rei Ramiro II de Leão.

A jovem musicista teixeirense Kézia Santos, violinista que abrilhantou o evento ao acompanhar o maestro Eudes Brito no cerimonial da ATL.

Além das prerrogativas dinásticas, sua Majestade Real e Imperial Príncipe Dom Alexandre Carvalho é jornalista, escritor, pesquisador, produtor cultural, doutor em Teologia e Ciências da Religião, detentor de dezenas de Títulos Honoris Causa, outorgados por universidades públicas brasileiras e é o presidente da FEBACLA – Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes, instituição literocultural sediada no Rio de Janeiro, e chefe da Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente, também estabelecida no Rio de Janeiro.

O presidente Athylla Borborema submetendo aos novos imortais Mauricio de Novais e Ana Cristina Santos ao juramento durante a posse.

No evento, Dom Alexandre Carvalho ao lado do presidente de honra da ATL Almir Zarfeg, concedeu dois títulos de nobreza outorgados pela Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente ao cirurgião dentista Fabiano Piresque recebeu o título de Marquês e também foi outorgado com o título de Doutor Honoris Causa em Direitos Humanos, concedido pela OMDDH – Organização Mundial dos Defensores dos Direitos Humanos, e ao jornalista e radialista Ezequias Alves foi concedido o título de Barão da Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente.

O presidente Athylla Borborema recepcionando os novos acadêmicos após a posse dos poetas Mauricio de Novais e Ana Cristina Santos.

O príncipe concedeu ainda outras homenagens, como a Medalha de Cavaleiro Grã-Cruz, Medalha Comemorativa Alusiva aos 10 anos da FEBACLA e a Comenda do Mérito Artístico Literário Excelência Cultural a algumas personalidades que fizeram por merecer as honrarias imateriais e históricas, como os acadêmicos Almir Zarfeg, Athylla Borborema, Carlos Mensitieri e Gisele Ellen. O prêmio surpresa foi para o coronel da reserva e escritor Raimundo Magalhães, titular da Cadeira nº 13 da ATL, que foi homenageado com o título de Cavaleiro Grande Oficial.

A ATL – Academia Teixeirense de Letras ainda lançou a sua nova antologia “ATL em Verso e Prosa”, que como de tradição, traz a apresentação do presidente da instituição (Athylla Borborema) e nesta sua 6ª edição trouxe ainda poemas, crônicas e contos de acadêmicos e vencedores da versão regional do Prêmio Castro Alves de Literatura 2022. O engenheiro e escritor Carlos Mensitieri, vice-presidente da ATL, promoveu a apresentação da 6ª Edição da Antologia, com 110 páginas, lançada pela Editora Lura, de São Paulo.

Houve ainda homenagens a escritores que lançaram livros recentemente e que enriqueceram a literatura regional. O advogado e poeta João Carlos de Oliveira, titular da cadeira nº 27 da ATL, foi homenageado pela publicação dos seus dois últimos livros. A professora universitária e poeta Arolda Maria da Silva Figueredo, membra benemérita da ATL, foi homenageada pelo lançamento do seu primeiro livro “Uma Pitada de Poesia de Mulher”.

Prestigiando o evento a pedagoga e professora pradense Nildes Pires e a cirurgiã dentista Adma Silvia Cury, delegada do Conselho Regional de Odontologia do Estado da Bahia (CRO Teixeira de Freitas).

O jornalista, radialista, letrista, escritor e militar Edelvânio Pinheiro, representado na cerimônia por seu irmão Edelvâcio Pinheiro, recebeu uma belíssima homenagem pela publicação do seu 6º livro “O cachorro cor de caramelo que vivia nas ruas de Jaguaré”, um romance infantojuvenil extremamente comovente e emocionante. O escritor Edelvânio Pinheiro escreveu o livro com base numa história real, ocorrida em outubro de 2020, que culminou na prisão da pessoa de Manoel Batista dos Santos Junior, 32 anos, que arrastou um cachorro amarrado na traseira do seu carro até a morte pelas ruas de Jaguaré, cidade do extremo norte do Espírito Santo. Ele foi a primeira pessoa após sanção da Lei Federal nº 1.095/2019 em ter sido preso em flagrante e recolhido a uma penitenciária por prática de maus-tratos aos animais.

A jovem itamarajuense Danielly Botelho recebendo o troféu de 1º lugar com o conto “Maria Leopoldina: o motivo da independência” do Prêmio Castro Alves de Literatura 2022.

O escritor e jornalista Athylla Borborema, presidente da Academia Teixeirense de Letras, disse que a ATL não é a casa do não. É a casa do sim, da aproximação, da concórdia, do entendimento. “A nossa casa sabe que a cultura ajuda a fortalecer uma cidade, um estado, uma nação. A ATL terá, como sempre teve, um papel relevante no extremo sul da Bahia. Nós temos o importante papel na defesa da cultura regional num momento em que a cultura está muito maltratada. Nossa missão é incentivar, dialogar, produzir e lutar pela liberdade de expressão, sempre e sempre”, disse o presidente Athylla Borborema.

O presidente da ATL, Athylla Borborema, ainda leu o Edital de Convocação para as eleições que vão escolher a nova Diretoria Acadêmica para o biênio 2023/2024. “Os membros efetivos vão se reunir em 6 de junho, para escolher o novo presidente que será empossado por mim no evento acadêmico de dezembro deste ano”, destacou Borborema.

Um ponto alto da sessão solene da ATL nesta última sexta-feira (08) foi a posse de dois novos imortais. O filósofo, pedagogo, poeta e romancista Mauricio de Novais Reis eleito recentemente para a Cadeira nº 07, tomou posse como novo imortal da instituição literocultural. Maurício de Novais ocupa a cadeira deixada pelo jornalista e poeta Ramiro Guedes, que faleceu aos 73 anos, em 25 de junho de 2021, cujo patrono da cadeira é o jornalista Ivan dos Santos Rocha, morto em 21 de abril de 1991.

A poeta sergipana e radicada no Espírito Santo, Ana Cristina Santos, é outra imortal recém-chegada à ATL. Ela tomou posse como membra correspondente. Ana Cristina Santos é uma ativista cultural e escritora que dedica sua vida à literatura e às causas da cultura no extremo norte capixaba.

Assim que assinou o Termo de Posse, Ana Cristina Santos discursou lembrando seus familiares e início na literatura. A emoção tomou conta da neoacadêmcia da ATL, que por fim recitou um poema feito especialmente para a ocasião. “Com certeza essa instituição será uma grande escola para aprender com os ilustres colegas letrados. Sinto-me como Davi, que derrotou o gigante Golias, que eu seja capaz de derrotar todos os gigantes que aparecerem no meu caminho. Comecei lentamente a dar meus primeiros passos, aquela menina muito curiosa e perguntadora, risonha, e às vezes desconfiada, mas sempre muito observadora, de uma família humilde e de pais muito esforçados e trabalhadores, nunca imaginou que um dia pudesse chegar tão longe”, disse Ana Cristina.

O maestro Eudes Brito ladeado pelos seus confrades Elias Botelho e Ediná Cerqueira recebendo a medalha da 3ª menção honrosa com a crônica “O velho Tinga”.

O poeta Maurício de Novais foi recepcionado pelo acadêmico Erivan Santana, que discursou brilhantemente usando como mote o poema de Drummond “O lutador”. E, então o neoacadêmico discursou da tribuna para o público presente no recinto. “Além da honra de estar ombreado de pessoas tão admiráveis nesta academia, tenho uma alegria adicional: ocupar a Cadeira nº 7. Essa cadeira é, ao mesmo tempo, símbolo, ícone e índice da liberdade de expressão, do amor à verdade e da busca pelo aperfeiçoamento pessoal e intelectual. Essa cadeira nº 7 representa o respeito pela civilidade e pela liberdade, pela verdade e pela democracia. Essa cadeira tem como patrono o radialista Ivan Rocha, comunicador baluarte do ideal da liberdade de expressão e do respeito aos fatos”, pontuou Maurício de Novais.

O acadêmico Raimundo Magalhães recebendo dos confrades Elias Botelho e Ediná Cerqueira a medalha de 3º lugar com a crônica “Calabar”.

Outro ponto alto da sessão solene da Academia Teixeirense de Letras foi a entrega dos troféus e medalhas para os ganhadores do Prêmio Castro Alves de Literatura 2022, que envolveu as categorias poema, conto e crônica. Na Versão Regional, que envolveu inscrições de Teixeira de Freitas e outras 12 cidades do baixo extremo sul baiano, os grandes vencedores foram Maurício de Novais (Teixeira de Freitas); Danielly Botelho (Itamaraju) e Jan Clésio Pires (Itanhém) que venceram nas categorias poema, conto e crônica, respectivamente. Na Versão Interna os grandes ganhadores foram os acadêmicos Carlos Mensitieri, Elias Botelho e Ademar Bogo, nas categorias poema, crônica e conto, respectivamente.

O presidente Athylla Borborema informou que o concurso foi presidido pelo poeta e jornalista Almir Zarfeg (presidente de honra da ATL) e os textos inscritos – nas três categorias da versão regional – foram avaliados por uma comissão julgadora composta por acadêmicos da ATL. Que são eles: Ademar Bogo – poeta, ensaísta e professor universitário; Arolda Maria Figuerêdo – poeta e professora universitária; Celso Kallarrari – romancista e professor universitário; Cris Ferreguett – autora e professora universitária; Erivan Santana – poeta, cronista e professor da Rede Estadual de Ensino; e Gisele Ellen – advogada e autora.

O Príncipe Dom Alexandre Carvalho homenageando os confrades Almir Zarfeg, Carlos Mensitieri e Athylla Borborema com a Medalha Comemorativa Alusiva aos 10 anos da FEBACLA.

O presidente Athylla Borborema informou ainda que a comissão julgadora que avaliou os textos dos acadêmicos na Versão Interna foi composta por pessoas do mundo artístico e literário, como Katrine Carvalho – autora infantojuvenil; Toni Gonçalves – contista e editor; Leonardo de Magalhães – poeta e crítico literário; Wilton Soares – cronista e professor; e Carlos Yeshua – presidente da UBESC – União Baiana de Escritores.

O jornalista e radialista Ezequias Alves ladeado pelo presidente de honra da ATL Almir Zarfeg e pelo Príncipe Dom Alexandre Carvalho ao ser nobremente homenageado com o título de Barão.

VENCEDORES VERSÃO REGIONAL (POEMA):

Maurício de Novais – 1º lugar – com o poema “Alma água-pretense”.

Laís Fonseca – 2º lugar – com o poema “Anotar” (8,533).

Evaristo Souza Soares – 2º lugar – com o poema “Capital” (8,533).

Mikaelle Alves – 3º lugar – com o poema “Mulher-Maravilha”.

Eliza Metzker – 1ª menção honrosa – com o poema “Me deixe ser”.

Rose Rocha – 2ª menção honrosa – com o poema “Vou inventar você”.

Júlio Moreira – 3ª menção honrosa – com o poema “Espelho do Tempo”.

O Príncipe Dom Alexandre Carvalho no momento do seu discurso na sessão solene da ATL.

VENCEDORES VERSÃO REGIONAL (CRÔNICA):

Jan Clésio Pires – 1º lugar – com a crônica “Livrinhos”.

Maurício de Novais – 2º lugar – com a crônica “Um planeta desabitado”.

Jackson Novais – 3º lugar – com a crônica “O poço fome violência”.

Joaquim Nunes – 1ª menção honrosa – com a crônica “Mistério da Parede”.

Katrine Carvalho – 2ª menção honrosa – com a crônica “Encontro marcado de Ana com o Sol”.

Irismar Santana – 3ª menção honrosa – com a crônica “Sigam-me os Bons”

Os confrades Elias Botelho, Ademar Bogo recebendo o troféu de 1º lugar com o conto “O tribunal do rio”, Marcus Aurélius Sampaio, Gisele Ellen e Arolda Figuerêdo.

VENCEDORES VERSÃO REGIONAL (CONTO):

Danielly Botelho – 1º lugar – com o conto “Maria Leopoldina: o motivo da independência”.

Maurício de Novais – 2º lugar – com o conto “O Psicanalista”.

Evaristo Souza Soares – 3º lugar – com o conto “Um jogo inesquecível e suas consequências”.

José Sérgio Figueiredo – 1ª menção honrosa – com o conto “O guerreiro das águas do Itanhém”.

Jacson Novais – 2ª menção honrosa – com o conto “Jhonne e Cristina”.

Joaquin Nunes – 3ª menção honrosa – com o conto “Hanna, a menina que queria ser estrela”.

Os confrades Raimundo Magalhães, Ademar Bogo, Almir Zarfeg, Arolda Figurêdo, Cris Ferreguett, Athylla Borborema, Gisele Ellen e Erivan Santana.

VENCEDORES VERSÃO INTERNA (POEMA):

Carlos Mensitieri (1º lugar) com o poema “O ritmo do poema”.

Armando Azevedo (2º lugar) com o poema “A grande enchente de Itamaraju”.

Enelita Freitas (3º lugar) com o poema “Confidência Itanheense”.

Cris Ferreguett (1ª menção honrosa) com o poema “Sorry, Greta!”.

Cássia Oz (2ª menção honrosa) com o poema “No tempo da hipocrisia”.

Fabiana Pinto (3ª menção honrosa) com o poema “Despedida”.

VENCEDORES VERSÃO INTERNA (CRÔNICA):

Elias Botelho (1º lugar) com a crônica “Carrinho de pau”.

Fabiana Pinto (2º lugar) com a crônica “Ensurdecedor”.

Castro Rosas (2º lugar) com a crônica “Convivendo comigo e com o tempo”.

Raimundo Magalhães (3º lugar) com a crônica “Calabar”.

João Carlos de Oliveira (1ª menção honrosa) com a crônica “Época Reluzente”.

Erivan Santana (2ª menção honrosa) com a crônica “O ataque das abelhas”.

Eudes Brito (3ª menção honrosa) com a crônica “O velho Tinga”.

VENCEDORES VERSÃO INTERNA (CONTO):

Ademar Bogo (1º lugar) com o conto “O tribunal do rio”.

Elias Botelho (2º lugar) com o conto “Garganta de Ouro x João Sincero”.

Arolda Maria Figuerêdo (3º lugar) com o conto “A história da peruca”.

Patrícia Brito (1ª menção honrosa) com o conto “Dias sem fim. Começos sem início”.

Carlos Mensitieri (2ª menção honrosa) com o conto “Rochinha”.

Erivan Santana (3ª menção honrosa) com o conto “O médico do exército vermelho”.

“Em meu nome e no nome do presidente da ATL, Athylla Borborema, agradeço de coração aos jurados que, de modo voluntário, aceitaram nosso convite para avaliar os textos inscritos em tempo recorde. Todos foram homenageados de maneira singela, mas muito especial. O nosso evento foi lindo e todo brilho devemos a cada um dos presentes e a cada um daqueles que direta ou indiretamente contribuiu para o sucesso do evento”, disse o jornalista e poeta Almir Zarfeg, responsável pela comissão organizadora do concurso e presidente de honra da ATL.

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